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Educação para a Paz

Montessori

“Todo o mundo fala da paz, mas ninguém educa para a paz, educa-se para a competição e este é o principio de qualquer guerra. Quando educarmos para a cooperação e a solidariedade, nesse dia estaremos a educar para a paz” – Maria Montessori

 

Em 1870, na Itália, nascia Maria Montessori. Depois dela, o mundo nunca mais seria o mesmo. Nos primeiros 40 anos que se seguiram a seu nascimento, Montessori dedicou-se a ciência médica e à criação da pedagogia científica (que hoje conhecemos como "Método Montessori), vivendo em relativa tranquilidade. Entretanto, sua vida seria marcada por duas Guerras Mundiais, e o alcance da paz através da educação foi um dos grande motores que levaram a genial educadora a manter-se ativa durante seus 82 anos de vida, e nós, herdeiros de seu legado, temos na Educação para a Paz um de nossos maiores valores. Afinal, como constatou Montessori, apenas quando educamos as novas gerações para uma cultura pacifista é que podemos sonhar com um futuro menos conflituoso para a humanidade. Mas como, efetivamente, o Método Montessori educa para a paz?

 

Em primeiro lugar, por meio da priorização dos valores ao conteúdo puro e simples. Somos educadores conscientes de que os conteúdos tradicionais devem ser trabalhados da melhor forma possível, mas acreditamos que para que sejam plenamente absorvidos, é preciso antes de tudo respeitar o aluno como ser humano, desenvolvendo seu potencial de forma gradativa e natural, evitando sempre a pressão, a comparação e a competição em relação às outras crianças.  Entendemos cada criança como única e incomparável, o que resulta em uma avaliação baseada no desenvolvimento de cada aluno, muito mais voltada para a observação dedicada do que para parâmetros como notas e premiações. 

 

Quando em uma instituição montessoriana, a criança é estimulada a muito mais que decorar fórmulas e procedimentos. Ela é instigada a perceber seu lugar no mundo, e a compreender que faz parte de um coletivo com o qual precisa colaborar. Procuramos demonstrar, na prática, que não há vencedores ou perdedores, mas sim uma coletividade interdependente, onde cada membro é fundamental para o sucesso do outro. Uma vez que a criança adquira a compreensão desta realidade, ela passa a trabalhar as relações sociais de forma muito mais racional e saudável. Para constatar isso, basta observar os baixíssimos índices de agressividade e violência entre alunos montessorianos.  Quando o objetivo é a cooperação, a competição acirrada e a busca pelo "primeiro lugar" deixam de fazer sentido, e o individualismo cede espaço ao coletivismo.

 

Sem prêmios nem castigos, os alunos compreendem que a satisfação pessoal fruto da contribuição para um bem maior - o da comunidade escolar - é muito mais gratificante e valiosa que a a realização egoísta e autocentrada. Ao se ver como agente transformador que colabora para influenciar positivamente o presente e o futuro, a criança percebe desde cedo que não é o centro do universo, compreendendo a si mesma como parte do todo, e entendendo, automaticamente, o conceito  da diversidade. Nesse contexto, o diferente não causa estranheza, pois é visto como um companheiro de jornada e um colaborador, não como um inimigo ou adversário. 

 

Por isso, para a criança educada no ambiente montessoriano, gênero, cor, etnia, deficiências e diferenças sociais não passam de detalhes que interessam por aguçar a curiosidade, mas que não fazem do outro inferior ou superior. Todos existem para contribuir com o bem comum, e dessa forma, são iguais em direitos e condições.

 

Ao conduzir o processo pedagógico dessa forma, privilegiamos uma educação na qual o diálogo, a compreensão e a observação do erro como oportunidade para o aprendizado permeiam todas as relação. Assim, se o que queremos é uma futura geração de líderes que pautem sua ação pelo respeito à divergência e ao diferente, e que encontrem no diálogo a solução para a animosidade, é preciso que pais, responsáveis e cuidadores façam sua parte, estendendo a Educação para a Paz aos lares e outros espaços de convívio. Para nos aprofundarmos ainda mais no tema e propormos soluções viáveis e que caibam no cotidiano contemporâneo, em nosso próximo artigo, abordaremos os aspectos da Comunicação Não Violenta, tão útil para estender os princípios da Educação para a Paz para além do ambiente escolar. Não perca! 

 

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